Poesia: A carne mais barata


A carne mais barata
Não sofreu aumento
É que o preto larazento
Não tem vida pacata

A carne mais barata
Continua no mercado
Hoje, mais um pobre coitado
Foi morto por um sociopata

A carne mais barata
Não tem nenhum direito
É que bota tanto defeito
Que já vira esquerdopata

A carne mais barata
Pinga sangue na favela
Como o molho na panela
Do carinho da chibata

A carne mais barata
Não vale porra nenhuma
Leva três, paga uma
No açougue escravocrata

(Jojo Campos)


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